
De todas as leis de autoria de Fernando Gondim nenhuma foi mais sinônimo de luta do que a de ordenação do carnaval de Olinda, criada em 1992, e nenhum artigo dessa lei foi mais combatido do que a que contemplava a reserva de mercado para o frevo pernambucano. Antes, já havia colaborado na formação e legalização da Associação Carnavalesca de Olinda.Alem da preservação de um carnaval, típicamente pernambucano, foi a Lei Gondim que disciplinou o comércio de comidas e bebidas, os focos de animação, as passarelas naturais para o desfile de agremiações
e o controle da sonorização em residências particulares. Hoje, Olinda se respalda com a Lei Gondim. Hoje, os olindenses são mais olindenses ao preservar suas raízes. Hoje, Olinda é o maior carnaval do Brasil em termos de diversidade cultural, sem ter sido seduzida pela mídia que impõe rítmos de qualidade duvidosa. Gondim amava Olinda e levou consigo a satisfação por ter composto um dos mais belos versos de amor à sua terra, cuja uma das estrofes diz o seguinte: “Bem na lapela do Atlântico / Olinda está incrustada / Como estrela da manhã / Na beira mar encravada / Nascendo pra ser vivida / Vivendo pra ser amada”
